Duas Caras... novelinha sem sal
Como prometido, hoje, segunda-feira, dia de post meu (Daniel César)... Vou fazer dois posts pra ficar mais fácil ok? Nesse primeiro vou falar sobre TV e, no próximo, sobre algumas séries...*****************
Falar sobre a novela das oito "Duas Caras" é uma tarefa árdua, extremamente árdua. Principalmente se formos levar em conta muita coisa importante sobre dramaturgia. A começar pela construção das personagens, que cá entre nós, são em sua grande maioria, muito complexas. A figura de Juvenal Antena é o que de melhor surgiu na TV, no quesito carisma, nos últimos anos, talvez comparável a outra personagem, de criação do mesmo Aguinaldo Silva, o Giovanni Improtta. Antônio Fagundes tomou conta da novela com seu carisma e interpretação firme. É, sem dúvida alguma, um dos grandes trabalhos do ator.
O que falar então da diva Marília Pêra? Ela e sua Gioconda têm nos proporcionado momentos de muitas risadas com as "nossa senhora da medalha miraculosa" e tambem momentos de emoção em sua interpretação perfeitamente paupável.
Fazer uma análise sobre os núcleos de Duas Caras dá uma idéia mentirosa. A Portelinha, é um exemplo disso, um núcleo com histórias bens construídas, como a de Evilásio, a de Guigui, as impagáveis cenas da Amara, entre tantas outras. O núcleo dos riquinhos também é muito bom, com histórias bem pensadas e que estão se desenvolvendo de um jeito legal. O que gosto em Aguinaldo Silva (e talvez seja só isso, a lembrança de Senhora do Destino ainda me causa náuseas) é a forma como ele consegue fazer os núcleos interagirem.
Então eu gosto da novela? Certo? Errado! Duas Caras é muito melhor que Páginas da Vida, por exemplo, mas está a anos luz de distância de Paraíso Tropical. A novela é longa, os capítulos cansativos e nunca acontece nada, na maior parte do tempo. Você já notou como, as vezes, demoram até 5 capítulos para se passar UM dia na novela?
Falar de novela das 8 e não falar do núcleo protagonista é não fazer uma análise. Marjorie Estiano está definitivamente arrasando como Maria Paula e, ao contrário de muitos, estou gostando de Dalthon Vigh. O problema está no papel de ambos. Os dois personagens são chatos demais para serem protagonista e, a história que gira em torno do núcleo começou ridícula e tende a piorar cada vez mais. Aguinaldo Silva destruiu uma idéia bem planejada ao fazer o "Adalberto" planejar, cantar, possuir e roubar a mocinha em uma semana, isso ficou irreal... e tudo, a partir de então, perdeu o sentido nesse núcleo.
Acredito que a novela tenha remédio. O autor precisa apostar mais no núcleo protagonista e, se os boatos que giram em torno da novela, forem verdadeiros, acho que muita coisa boa está por vir, porque até aqui, poucas foram as cenas brilhantes para se destacar. A cena da invasão da Portelinha foi muito boa, a cena da Maria Paula reencontrando o Ferraço foi espetacular e a cena da Gioconda de volta para seu lar com as mãos sujas de sangue foi primorosa... não me lembro de outra no momento, pra vocês verem... Saudades de Paraíso Tropical...
Fagundes, de Junvenal Antena, o manda-chuva da Portelinha
Fagundes, de Junvenal Antena, o manda-chuva da Portelinha
posted by Carlos @ 00:13
1 Comments:
acho que essa é uma das melhores novelas da historia da teledramaturgia brasileira!
tem a menina lá que diz que é cantora, tem o foguinho, tem a outra menina que tem cabeça de et e ainda tem o rei do gado!
ah! quase esqueço... novela é coisa de viadin... huahaiuhaiuaha
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