MadMen: Um balanço da loucura dos anos 60
Atenção: os comentários abaixo são sobre uma serie ainda inédita no Brasil, pode conter spoilers! Portanto fica por sua conta e risco.Demorei para assistir esta serie. Ouvi diversas opiniões, vi ela ganhar prêmios – segundo alguns, justos, segundo outros, injustos. Mas só deixei para assistir a serie neste últimos dias, e ainda assim deixei passar um tempo para escrever sobre o que assisti, não queria me precipitar.
A serie, como já devem saber, é sobre um grupo de publicitários da avenida Madison, daí MadMen, nos anos 60. Época borbulhante, por assim dizer. E se há algo que nos chama a atenção da serie, que nos fascina, é a reconstituição de época. Tudo está ali, bonitinho! Roupas, fumaça de cigarros – na época médicos atendiam pacientes fumando, preconceitos, e uma revolução sexual pronta para explodir. Não há duvidas de que tudo isso na serie é colocado de forma perfeita, sem ser jogado na cara, há todo um cuidado com a abordagem.
Mas a serie não é só caracterização. Se há algo que permeneia a serie é aquela sensação de que a geração do presente não é tão boa como antes, um certo sentimento de tristeza e insatisfação tomam conta dos principais personagens: Don Draper (Jon Hamm), Peggy Olsen (Elisabeth Moss) e Pete Campbell (Vincent Kartheiser).
Draper é o diretor de criação da Sterling Cooper, um homem com um passado obscuro e que passa a fugir dele. A principio ficamos inconformados com a personagem, pois ele age ora como alguem maduro e ora como um adolescente, quando se trata do passado, e seu constante pesar chega a ser monótono se não fossem pequenos flashs de sua vida, que contam um pouco do que ele é e de como chegou a posisão em que está, aí sim a historia esquenta... mais ou menos. A temporada termina e ainda não sabemos exatamente o que atormenta a personagem, alem de uma familia estranha. Misterio sem fim? Espero que não.
Peggy é outra que sabe-se lá porque quer fugir de seu passado, meio que interiorano, e quer conseguir sucesso como criadora/publicitaria. Ela começa como secretaria, mas mostra que quer muito mais que isso. Você vai dizer: quem não quer sucesso e deixar o passado para lá? Eu concordo com você, mas ainda não entendo a postura de Olsen quando, por exemplo, ela esnoba o encontro armado pela mãe. É meio nebulosa esta garota...
Chegamos então ao Campbell, o gerente junior que dá em cima de Peggy, e que, ambicioso, faria qualquer coisa para subir de carreira, a etica ele joga pela janela. Interessante, se não fosse o ar por vezes infantil que a personagem adquire. O maior exemplo disso é quando ele está com as fotos que são do passado de seu chefe, e passa horas a contempla-las, como que pensando no significado daquilo, com um ar melancolico.
Draper é o diretor de criação da Sterling Cooper, um homem com um passado obscuro e que passa a fugir dele. A principio ficamos inconformados com a personagem, pois ele age ora como alguem maduro e ora como um adolescente, quando se trata do passado, e seu constante pesar chega a ser monótono se não fossem pequenos flashs de sua vida, que contam um pouco do que ele é e de como chegou a posisão em que está, aí sim a historia esquenta... mais ou menos. A temporada termina e ainda não sabemos exatamente o que atormenta a personagem, alem de uma familia estranha. Misterio sem fim? Espero que não.
Peggy é outra que sabe-se lá porque quer fugir de seu passado, meio que interiorano, e quer conseguir sucesso como criadora/publicitaria. Ela começa como secretaria, mas mostra que quer muito mais que isso. Você vai dizer: quem não quer sucesso e deixar o passado para lá? Eu concordo com você, mas ainda não entendo a postura de Olsen quando, por exemplo, ela esnoba o encontro armado pela mãe. É meio nebulosa esta garota...
Chegamos então ao Campbell, o gerente junior que dá em cima de Peggy, e que, ambicioso, faria qualquer coisa para subir de carreira, a etica ele joga pela janela. Interessante, se não fosse o ar por vezes infantil que a personagem adquire. O maior exemplo disso é quando ele está com as fotos que são do passado de seu chefe, e passa horas a contempla-las, como que pensando no significado daquilo, com um ar melancolico.
Dá pra ver que todo mundo nesta serie tem problemas, e como tem! A mulher de Don, Betty Draper (January Jones), é mais um exemplo. Mas se os outros tem problemas de insatisfação não bem delineados, Betty tem serios problemas Freudianos. A mulher, que vive em um psicologo, age por vezes com infantilidade, mas tem em si desejos reprimidos. O maior exemplo foi lá para o fim da temporada, quando ela desejou um vendedor (desses de porta em porta), mas no momento simplismente o mandou embora, sonhando com um encontro sexual depois. Seus problemas com o pai tem um carater de Complexo de Electra que nem precisa ser descrito aqui. Por isso mesmo ela se torna interessante, mas ao mesmo tempo a historia toma tons maçantes.
Talvez que o que mais chatei na serie seja justamente isso, o ritmo lento com que se passa. Há capitulos em que nada acontecessem, tudo é uma estatidão de personagens melancolicos. Há historias que poderiam ter sido mais bem desenvolvidas e não foram, como por exemplo as eleições presidenciais. Pensei que haveria grande destaque nisto, já que é uma serie sobre publicitarios, mas é só pano de fundo, assunto de bar.
Talvez a melhor definição da serie seja a de uma crônica dos anos 60. As sensações, as estruturas, prestes a ruir, os tons... Enfim, uma narração sobre a vida de personagens comuns e sem rumo definido. Criada por Matthew Weiner (The Sopranos), a serie não trouxe nada de novo ou realmente impactante a não ser a elegancia e o lado obscuro dos anos que já se foram, mas nunca extamente deixados para trás.
Observação 1: Serio, o que foi a Penny gravida? Toda aquela gordura digitalizada era para dizer que ela estava neste estado? Ficou horrivel...
Observação 2: Um dos grandes destaques da serie é a abertura, logo abaixo. Fala serio! A serie já começa com estilo!
Observação 3: Alfred Hitchcock já foi apontado como grande influencia no estilo visual da serie. E isso é bem claro e muito bem feito na serie.
Observação 4: A HBO Latin America já comprou os direitos da serie para o Brasil, mas não se sabe qual canal vai exibi-la, nem quando
. Talvez a melhor definição da serie seja a de uma crônica dos anos 60. As sensações, as estruturas, prestes a ruir, os tons... Enfim, uma narração sobre a vida de personagens comuns e sem rumo definido. Criada por Matthew Weiner (The Sopranos), a serie não trouxe nada de novo ou realmente impactante a não ser a elegancia e o lado obscuro dos anos que já se foram, mas nunca extamente deixados para trás.
Observação 1: Serio, o que foi a Penny gravida? Toda aquela gordura digitalizada era para dizer que ela estava neste estado? Ficou horrivel...
Observação 2: Um dos grandes destaques da serie é a abertura, logo abaixo. Fala serio! A serie já começa com estilo!
Observação 3: Alfred Hitchcock já foi apontado como grande influencia no estilo visual da serie. E isso é bem claro e muito bem feito na serie.
Observação 4: A HBO Latin America já comprou os direitos da serie para o Brasil, mas não se sabe qual canal vai exibi-la, nem quando
Hagar 2008
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